Tipos de Pessários: Guia Completo e Informações
Tipos de Pessários: Guia Completo e Informações Os pessários são dispositivos médicos removíveis, geralmente feitos de silicone, que oferecem suporte ao pavimento pélvico. São uma alternativa não cirúrgica para mulheres com prolapso de órgãos pélvis ou incontinência urinária.
Em Portugal, estes dispositivos ganham relevância clínica pela sua eficácia e segurança. Feitos de materiais biocompatíveis, como silicone médico, garantem conforto e adaptação anatómica.
A sua função principal é proporcionar suporte estrutural, melhorando a qualidade de vida. A escolha do modelo ideal deve ser sempre orientada por um profissional de saúde, considerando as necessidades individuais de cada paciente.
Este guia explora as características e benefícios destes dispositivos, ajudando a compreender a sua importância no tratamento de condições pélvicas.
O que é um pessário e como funciona?
Este dispositivo médico, inserido na vagina, atua como suporte mecânico para órgãos pélvicos descidos. O seu princípio baseia-se na redistribuição da pressão intra-pélvica, aliviando sintomas como desconforto ou incontinência.
Funciona como uma cinta interna ajustável, adaptando-se à anatomia individual. Ao contrário de próteses rígidas, o pessário interage com a dinâmica muscular natural, mantendo a mobilidade.
A adaptação fisiológica é rápida. Muitas mulheres notam melhoria na qualidade de vida logo após a inserção. O corpo ajusta-se ao dispositivo, permitindo atividades diárias sem restrições.
Comparado a outras soluções, este método evita cirurgias invasivas. O suporte oferecido é personalizável, garantindo conforto e eficácia a longo prazo.
Indicações para o uso de pessários
Estes dispositivos médicos são recomendados em situações específicas, oferecendo uma solução eficaz para problemas do pavimento pélvico. A decisão de utilizá-los deve ser sempre acompanhada por um especialista, que avalia a condição clínica e as necessidades individuais.
Prolapso de órgãos pélvicos
O prolapso ocorre quando os órgãos pélvicos descem devido à fraqueza muscular. Os pessários são indicados para:
- Casos leves a moderados (1º a 3º grau)
- Mulheres que não desejam ou não podem realizar cirurgia
- Pacientes idosas ou gestantes, onde a intervenção cirúrgica é mais arriscada
Estudos mostram que o alívio dos sintomas é significativo, melhorando a qualidade de vida.
Incontinência urinária de esforço
Para quem sofre de perdas de urina ao tossir, espirrar ou fazer exercício, estes dispositivos apresentam uma eficácia de 83%. Benefícios incluem:
- Redução imediata dos episódios de incontinência
- Adaptação rápida ao corpo
- Possibilidade de uso temporário ou permanente
Alternativa à cirurgia
Em muitos casos, os pessários evitam procedimentos invasivos. São ideais para:
- Testes pré-operatórios, simulando os resultados da cirurgia
- Pacientes com contraindicações médicas
- Quem prefere tratamentos reversíveis e menos agressivos
A comparação entre riscos e benefícios deve ser feita individualmente, com orientação profissional.
Principais tipos de pessários
A diversidade de formatos permite adaptação a necessidades específicas. Cada desenho oferece suporte pélvico distinto, conforme a gravidade do prolapso vaginal e estilo de vida da paciente.
Pessário em anel
O ring pessary é o mais comum em clínicas portuguesas. Com 3 a 5 tamanhos, ajusta-se a anatomia variáveis.
Sua forma circular distribui a pressão uniformemente. Permite auto-remoção facilitada, ideal para quem prefere autonomia.
Pessário Gellhorn
Indicado para casos severos, o gellhorn pessary mede 2.25-2.75 polegadas. Requer aplicação profissional com forceps.
Taxas de sucesso chegam a 89% em prolapsos avançados. Oferece estabilidade superior durante atividades físicas.
Pessário cubo
O cube pessary possui seis faces aderentes. Necessita remoção diária para higienização, prevenindo irritações.
Recomendado quando outros modelos falham. Proporciona sustentação multidirecional em prolapsos complexos.
Pessário donut
Similar a um anel reforçado, o modelo donut tem núcleo preenchido. Excelente para pacientes com hipermobilidade uretral.
Reduz em 72% os episódios de incontinência durante esforços. Material flexível minimiza desconforto.
Pessário inflável
Solução ajustável para prolapsos variáveis. Permite controlar o grau de suporte conforme necessidade momentânea.
Indicado para situações temporárias ou testes terapêuticos. Requer menos tamanhos devido à adaptabilidade.
Pessário Gehrung
Formato em “U” ideal para prolapsos anteriores. Compatível com vida sexual ativa quando corretamente posicionado.
Material poroso reduz riscos de ulceração. Menos comum em Portugal, mas disponível sob encomenda.
Como escolher o pessário adequado?
Encontrar o pessário ideal é um processo personalizado, baseado em necessidades específicas. A seleção requer avaliação médica detalhada, considerando fatores como a condição clínica e anatomia pélvica.
Em 56% dos casos, são necessários 2-3 ajustes para garantir o encaixe perfeito. A altura vaginal e o ângulo uterino são critérios decisivos. Após a inserção, um teste de esforço confirma a eficácia do fitting.
O protocolo inclui:
- Avaliação multidisciplinar com ginecologista e fisioterapeuta pélvico
- Teste de vários sizes e modelos para comparar conforto e suporte
- Orientação sobre sinais de adaptação correta, como ausência de dor ou deslocamento
Erros comuns na primeira seleção incluem escolher um type pessary muito pequeno ou rígido. A fisioterapia pélvica auxilia na adaptação progressiva ao dispositivo.
O método de trial error é essencial. Indicadores de sucesso são a estabilidade durante atividades diárias e a redução dos sintomas. Um profissional deve sempre supervisionar o processo.
Inserção, remoção e cuidados diários
Manter um pessário requer atenção especial à inserção, remoção e rotina de cuidados. Estas práticas garantem conforto e eficácia prolongada. Abaixo, detalhamos os protocolos essenciais.
Técnica de Colocação
Para uma inserção segura, dobre o dispositivo e introduza-o num ângulo de 45°. Segure-o firmemente até sentir o encaixe correto. Evite movimentos bruscos.
Passo a passo:
- Lave as mãos e o dispositivo com água morna.
- Use lubrificante aquoso para facilitar o processo.
- Após a colocação, verifique a ausência de desconforto.
Higiene e Manutenção
Limpe o pessário com sabão neutro duas vezes por semana. Secagem adequada previne irritações. Um kit básico inclui:
- Escova macia para limpeza profunda.
- Solução esterilizante para desinfeção.
- Case de armazenamento ventilado.
Observe sinais de desgaste, como rachaduras ou mudança de cor. Corrimento vaginal anormal pode indicar necessidade de ajuste.
Frequência de Substituição
Em média, substitua o dispositivo a cada três meses. Pacientes imunossuprimidos devem fazê-lo mensalmente. Consulte a tabela abaixo para orientações específicas:
| Paciente | Frequência | Cuidados Extra |
|---|---|---|
| Gerais | Trimestral | Monitorizar corrimento vaginal |
| Imunossuprimidos | Mensal | Desinfeção diária |
| Prática de exercício intenso | Bimestral | Verificação pós-atividade |
Para dificuldades motoras, peça ajuda a um profissional. A adaptação é gradual, mas essencial para resultados duradouros.
Vantagens e desvantagens dos pessários
Optar por um pessário envolve considerar diversos fatores clínicos e pessoais. Esta solução oferece benefícios significativos face a intervenções cirúrgicas, mas também apresenta algumas limitações. Abaixo, exploramos os prós e contras desta opção terapêutica Tipos de Pessários: Guia Completo e Informações.
Benefícios face à cirurgia
Comparado com procedimentos cirúrgicos, o uso destes dispositivos reduz complicações em 22%. Esta opção não invasiva é ideal para quem busca:
- Recuperação imediata – sem tempo de internamento
- Custo acessível (€31-€51 por unidade)
- Flexibilidade – pode ser removido a qualquer momento
Estudos mostram 68% de satisfação em utilização prolongada. A análise custo-efetiva a 5 anos revela poupanças superiores a €1200 face a cirurgias.
Limitações a considerar
Apesar das vantagens, existem alguns aspetos que requerem adaptação:
- Necessidade de higiene rigorosa
- Restrições em natação ou ciclismo intenso
- Possível aumento de corrimento vaginal
Pacientes com prolapso de órgãos pélvicos avançado podem necessitar de ajustes frequentes. A tabela abaixo compara os principais aspetos:
| Critério | Pessário | Cirurgia |
|---|---|---|
| Tempo de recuperação | Imediato | 4-6 semanas |
| Custo inicial | €31-€51 | €2000+ |
| Riscos | Irritação local | Infeção/hemorragia |
| Eficácia | 68% satisfação | 82% satisfação |
Para melhores resultados, muitos especialistas recomendam combinar o uso com exercícios pélvicos. Esta estratégia melhora a eficácia em 40% dos casos.
Possíveis complicações e como evitá-las
Embora os pessários sejam seguros, algumas mulheres podem enfrentar desafios durante o uso. Com os cuidados certos, é possível minimizar riscos e garantir conforto a longo prazo.
Corrimento vaginal aumentado
Cerca de 34% das utilizadoras relatam um aumento inicial do corrimento vaginal. Este é um efeito comum, mas requer atenção.
Para controlar:
- Lave o dispositivo com sabão neutro regularmente
- Use protetores diários hipoalergénicos
- Mantenha uma hidratação adequada
Se o corrimento apresentar odor forte ou cor anormal, consulte um médico.
Ulcerações ou erosões
O atrito contínuo pode causar pequenas lesões na parede vaginal. O uso de estrogénio tópico previne 89% destes casos.
Medidas preventivas:
- Escolha o tamanho correto para evitar pressão excessiva
- Realize pausas periódicas conforme orientação médica
- Monitore sinais de irritação ou dor
Alergias a materiais
Reações alérgicas ao silicone são raras, mas possíveis. Um teste de sensibilidade prévio é recomendado.
Alternativas incluem:
- Modelos com revestimento hipoalergénico
- Materiais alternativos para casos específicos
- Aplicação de cremes barreira sob orientação
Um programa de follow-up regular ajuda a detetar precocemente qualquer complicação. A maioria das mulheres adapta-se bem após o período inicial.
Viver com um pessário: qualidade de vida e adaptação
Para muitas mulheres, o dispositivo traz alívio rápido dos sintomas. Estudos mostram que 72% sentem melhora em três semanas. A adaptação é simples, mas requer pequenos ajustes no dia a dia.
Relações íntimas podem continuar normalmente. Lubrificantes e posições confortáveis ajudam na adaptação. Conversar abertamente com o parceiro evita desconfortos.
Vestuário íntimo específico oferece suporte extra. Calcinhas de algodão e modelos sem costuras reduzem irritações. A autoimagem melhora com o alívio dos desconfortos.
Atividades físicas como caminhadas são incentivadas. Evite apenas exercício de alto impacto sem orientação. A qualidade de vida aumenta significativamente.
Grupos de apoio e acompanhamento psicológico ajudam na transição. Partilhar experiências com outras mulheres facilita o processo. O dispositivo não deve limitar a rotina.







