Colocação de stent no rim: o que esperar do procedimento
Colocação de stent no rim: o que esperar do procedimento A colocação de um stent ureteral é um procedimento comum para resolver obstruções no sistema urinário. Este método minimamente invasivo ajuda a manter o fluxo normal da urina e protege a função renal.
Realizado em regime ambulatório, o processo envolve uma equipa especializada, incluindo urologistas, anestesiologistas e enfermeiros. A recuperação costuma ser rápida, permitindo que os pacientes retomem as suas atividades em pouco tempo.
Este tratamento é frequentemente recomendado em casos de cálculos renais, tumores ou estreitamentos do ureter. Antes da intervenção, o paciente deve seguir orientações como jejum e ajuste de medicação, além de realizar exames prévios.
Se está prestes a passar por este procedimento, saiba que é uma solução eficaz e segura. A equipa médica garante todo o acompanhamento necessário para um resultado positivo.
O que é a colocação de um stent no rim?
O stent ureteral é um dispositivo médico essencial para garantir o fluxo urinário. Feito de material flexível, tem formato em “J” nas extremidades, daí o nome Double J. A sua função principal é manter o ureter aberto, permitindo a drenagem da urina mesmo em casos de obstrução.
Definição e função do stent ureteral
Este tubo fino é inserido no ureter para contornar bloqueios causados por cálculos, tumores ou inchaço pós-cirúrgico. Age como uma ponte temporária, evitando complicações como infeções ou danos renais.
Quando é necessário este procedimento?
O stent ureteral é recomendado em situações como:
- Litíase renal complicada (pedras grandes que bloqueiam o ureter).
- Estenoses (estreitamentos) no ureter.
- Compressão por tumores na bexiga ou órgãos próximos.
Em emergências, como hidronefrose aguda, o stent alivia a pressão e previne insuficiência renal. Pode ser usado por semanas (stents temporários) ou meses (longa duração), conforme a necessidade do paciente.
Preparação para a colocação do stent no rim
Para quem vai realizar este tratamento, a preparação adequada é fundamental. Seguir as orientações médicas garante maior segurança e eficácia durante o procedimento. Abaixo, detalhamos os passos essenciais.
Exames médicos prévios
Antes da intervenção, são necessários exames específicos para avaliar a saúde do paciente. Estes incluem:
- Análises sanguíneas: Verificam a função renal e coagulação.
- Ecografia renal: Identifica obstruções ou anomalias.
- Avaliação da taxa de filtração glomerular: Mede a eficiência dos rins.
Medicações a evitar antes do procedimento
Alguns fármacos podem aumentar o risco de sangramento. Consulte o seu médico sobre:
| Medicação | Razão |
|---|---|
| AINEs (ex: ibuprofeno) | Afetam a coagulação |
| Aspirina | Anticoagulante |
| Suplementos (ex: ómega-3) | Podem diluir o sangue |
Orientações sobre jejum e hidratação
O jejum de 8 horas é obrigatório para evitar complicações anestésicas. Diabéticos devem ajustar a insulina conforme prescrição.
Hidrate-se bem antes do procedimento. Isso facilita a visualização do trato urinário durante a intervenção.
Leve um acompanhante para o hospital, pois a alta requer assistência.
Como é realizada a kidney stent placement?
Com duração inferior a 30 minutos, este método é eficaz e minimamente invasivo. A equipa médica segue um protocolo preciso para garantir o sucesso da intervenção.
O papel da anestesia geral
O paciente recebe anestesia geral para evitar desconforto. Isso permite que os médicos manipulem o ureter sem causar dor ou stress.
Uso de cistoscópio e guia de imagem
Um cistoscópio é inserido na uretra para aceder ao trato urinário. Este tubo fino tem uma câmara que transmite imagens em tempo real.
Para orientação, usam-se técnicas como fluoroscopia ou ultrassom. Estas tecnologias ajudam a posicionar o dispositivo com exatidão.
Posicionamento no ureter
Um fio-guia é avançado até ao rim. O dispositivo é então colocado, com uma extremidade no rim e outra na bexiga.
Após a fixação, verifica-se o fluxo urinário para confirmar a permeabilidade.
| Técnica de Imagem | Vantagens |
|---|---|
| Fluoroscopia | Visualização contínua durante o procedimento |
| Ultrassom | Sem radiação; ideal para grávidas |
O ureteral stenting é concluído com segurança, e o paciente é monitorizado antes da alta.
Quanto tempo demora o procedimento?
Saber a duração exata ajuda a planear o dia e reduzir a ansiedade. Este tratamento é rápido, mas requer algum tempo de observação após a intervenção.
Duração média da intervenção
A colocação demora cerca de 30 minutos. O tempo pode variar consoante a complexidade do caso. Fatores como obstruções graves ou anatomia complicada podem prolongar ligeiramente o procedimento.
Tempo total no hospital
Depois da intervenção, o paciente fica em observação durante 2 a 4 horas. Este período garante que não há complicações imediatas.
O cronograma típico inclui:
- Admissão: 30–45 minutos para preparação.
- Intervenção: 30 minutos.
- Recuperação inicial: 1–2 horas.
Casos com comorbidades ou complicações podem exigir mais tempo no hospital. Comparado a outros tratamentos urológicos, como a nefrostomia, este método é mais rápido e menos invasivo.
Após a alta, recomenda-se repouso relativo nas primeiras 12 horas. Evite atividades intensas para garantir uma recuperação tranquila.
Recuperação após a colocação do stent
Após o procedimento, é natural sentir alguns sintomas passageiros. A maioria desaparece em 48–72 horas, mas conhecer o que esperar ajuda a gerir a ansiedade. Siga as orientações médicas para uma recuperação tranquila.
Sintomas comuns nos primeiros dias
Algumas reações são esperadas, como:
- Hematúria leve (sangue na urina) – Normal nas primeiras 24–48 horas.
- Desconforto ao urinar – Causado pela irritação do ureter.
- Espasmos na bexiga – Aliviam com bolsa térmica morna.
Estratégias para alívio imediato
Para minimizar o desconforto, os médicos recomendam:
| Sintoma | Solução |
|---|---|
| Dor lombar | Paracetamol ou ibuprofeno (sob prescrição) |
| Urgência miccional | Evitar café e bebidas gaseificadas |
Hidratação: a chave para a recuperação
Beba mais de 2 litros de água por dia. A hidratação intensiva:
- Reduz o risco de infeções urinárias.
- Facilita a eliminação de resíduos.
Atenção: Febre acima de 38°C ou dor intensa exigem avaliação urgente. Contacte o seu médico se os sintomas piorarem.
Quanto tempo permanece o stent no rim?
A duração do dispositivo no organismo varia conforme a condição clínica. Na maioria dos casos, o período habitual é de 2 a 4 semanas, suficiente para resolver obstruções temporárias. Contudo, situações complexas podem exigir prazos mais longos.
Prazos típicos de permanência
O dispositivo é colocado por tempo limitado quando a causa é reversível, como cálculos ou inflamações. A remoção ocorre após:
- Resolução da obstrução confirmada por exames.
- Conclusão de tratamentos adjuvantes (ex: litotrícia).
Casos que requerem stents de longa duração
Em situações como tumores pélvicos ou estenoses crónicas, o uso prolongado é inevitável. Estes dispositivos exigem substituição trimestral para evitar:
- Incrustações por depósitos minerais.
- Aderências ao tecido ureteral.
- Risco de pielonefrite.
Pacientes com stents permanentes são monitorizados através de cistoscopias e ecografias periódicas. Esta abordagem garante segurança e eficácia contínuas.
Como é feita a remoção do stent ureteral?
Muitos pacientes questionam como será a experiência de retirar o dispositivo. Felizmente, é um processo rápido e seguro, realizado em ambulatório, sem necessidade de internamento. A equipa médica garante conforto durante todo o procedimento.
Método com fio externo
Alguns modelos têm um fio visível na uretra. Nesses casos, a remoção é feita puxando suavemente o fio, sob anestesia tópica. O processo demora menos de 5 minutos.
Remoção com cistoscópio em consultório
Para dispositivos sem fio, usa-se um cistoscópio flexível. Este instrumento permite visualizar e agarrar o stent com precisão. A sensação é de pressão, mas a dor é mínima graças à anestesia local.
Experiência de dor durante a remoção
A maioria dos pacientes relata apenas um desconforto passageiro. Caso seja mais sensível, pode optar por sedação consciente. A equipa explica cada passo para reduzir a ansiedade.
Após a remoção, recomenda-se:
- Hidratar-se bem para evitar irritações.
- Monitorizar a urina por 24–48 horas (sangue residual é normal).
- Evitar esforços físicos no mesmo dia.
Possíveis complicações e efeitos secundários
Embora seja um procedimento seguro, existem alguns riscos associados à utilização deste dispositivo. A maioria dos pacientes recupera sem problemas, mas é importante estar atento a sinais de alerta.
Infeções urinárias
O risco de infeção é inferior a 1%, mas pode ocorrer. Sintomas como febre, ardor ao urinar ou dor lombar exigem avaliação médica imediata.
O tratamento inclui antibioterapia dirigida. Pacientes com historial de ITU podem precisar de profilaxia.
Sangramento persistente
Um pouco de sangue na urina é normal nas primeiras 24 horas. Se o sangramento continuar após 48 horas, consulte o seu médico.
Casos graves podem exigir nova intervenção para resolver lesões no ureter.
Espasmos da bexiga
Contrações involuntárias da bexiga são comuns. Causam urgência miccional e desconforto.
Para alívio, os médicos recomendam:
- Anticolinérgicos para relaxar a musculatura.
- Bolsa térmica morna na região pélvica.
- Evitar cafeína e bebidas irritantes.
Complicações graves, como migração do dispositivo ou encrustação, são raras. A equipa médica está preparada para intervir se necessário.
Próximos passos após a intervenção
Após o tratamento, o acompanhamento médico é essencial para garantir uma recuperação completa. A maioria dos pacientes retoma as suas atividades diárias em 2-3 dias, mas deve evitar esforços intensos na primeira semana.
Agende uma consulta de follow-up em 7-10 dias. O médico pode pedir exames como ultrassom ou urografia para confirmar que tudo está a correr bem.
Para prevenir problemas futuros, reduza o consumo de sal e alimentos ricos em oxalatos. Mantenha-se hidratado e evite bebidas irritantes, como café e álcool.
Não há restrições para a vida íntima, a menos que sinta desconforto. Casos com doenças renais prévias podem precisar de monitoring adicional com um especialista.
Siga estas orientações para uma recuperação tranquila e eficaz.







